segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

DOGWALKER: NEGÓCIO BOM PRA CACHORRO!

Aluna do Dr. Pet atua no Canil Big Dog ofertando passeios orientados.

A comparação com o trabalho de um professor de educação física não é suficientemente exata para definir o que faz um dogwalker (em inglês: passeador de cães), mas se aproxima bastante do conjunto de atividades que o profissional executa diariamente. A profissão é relativamente nova, está em alta no mercado, e ainda há poucos profissionais atuando no litoral paranaense.


“Ser dogwalker requer preparação. Não basta colocar uma coleira ou guia num cão e sair puxando ou arrastando por aí. É muito mais do que isso porque é preciso respeitar o animal para obter respeito de volta e aí poder ensinar as noções de convivência”, explica Nadja Veridiana, primeira dogwalker que se tem notícia a trabalhar na região com o chamado “método inteligente”.

O conjunto de técnicas foi desenvolvido e aprimorado pelo zootecnista Alexandre Rossi, mais conhecido como “Doutor Pet” desde que passou a apresentar na TV Record um quadro no programa “Domingo Espetacular”. Nadja explica que o método de aprendizado é inteligente porque o desenvolvimento se torna progressivo conforme o cão vai se adaptando aos exercícios.

O amor pelos cães foi descoberto ainda adolescente quando trabalhava no canil do pai. Mais adiante, acreditou nos cães e no amor que seus donos têm por eles quando resolveu investir na nova profissão. Além do curso oferecido pelo Dr Pet em São Paulo, participou de vários treinamentos na área, inclusive com Hilda Drumond (juíza internacional de exposições caninas) e também na Escola Italiana Canne Corsi, de São Paulo.



PRIMEIRA AVALIAÇÃO:  O serviço começa com uma visita para conhecer o dono e seu cão. São avaliados o estado físico e o comportamento do animal. “As informações são anotadas num formulário que ajuda a entender como é vida do cão. Se já passeia, com qual freqüência e onde, se faz outros exercícios, além de condição de peso, estado físico, vacinas, e sobre pulgas, pelagem, fezes, enfim, informações necessárias para iniciar o programa de treinamento do animal”, detalha a dogwalker, apaixonada pelos animais e pelo trabalho ao lado deles.



COMPORTAMENTO CANINO – Geralmente um cão conhece apenas a casa onde vive e as pessoas que moram com ele. Assim, são menores as chances dele ser sociável. Quando não convive com outros da espécie, pode se tornar infeliz, depressivo e até agressivo. Os cães sedentários podem roer mesas, pernas, pés de cadeiras e, em alguns casos, correm pela casa e pelo quintal sem motivo aparente, serão animais tristes e correrão riscos constantes de sofrer algum acidente, machucar uma pessoa ou outro animal.



ADESTRAMENTO INTELIGENTE: Interpreta e ajuda a entender o cão. Tem como bases: respeito ao animal, nunca bater para ensinar; ordenar sem gritar e exercitar sempre. Um cão adestrado consegue mais atenção e pode interagir melhor com as pessoas e com outros animais. Poderá, por exemplo, viajar de carro e acompanhar o dono a vários lugares sem medo que ele pule a janela, fuja ou ataque alguém. Os primeiros passeios são feitos perto de casa. Para poder passear no parque, o animal deve ser considerado apto pelo adestrador.



PASSEIOS ORIENTADOS – Nadja conta que os passeios têm esse nome, mas são bem mais do que isso e fazem parte do programa de treinamento do cão. Alguns exercícios podem e devem ser feitos perto de casa. Nos passeios feitos em parques a dogwalker vai buscar e levar o cão em casa. Somente treinamentos mais elaborados serão feitos no canil, que também atende como hotel para hospedar cães quando os donos viajam, principalmente em finais de semana e feriados. Nos finais de semana o serviço custa mais: R$ 30 (trinta reais) a hora, agendada antes com o canil. “Nesses dias o dono geralmente têm mais disponibilidade para interagir com o cão e deve, preferencialmente, conduzir os passeios. O cão precisa dessa relação com o dono e por isso é recomendável que pelo menos um dia por semana seja o dia do dono”, explica a profissional.